A máxima: “Eu ajo com o outro, da mesma maneira
que desejo que ajam comigo”. Se esta proposição for levada a cabo de forma não
inferencial ou inferencial, como ela pode ser mensurada?
S ⇔P;
P ⇔S;
Logo, S ⇒ P e P ⇒ S.
No ato de uma ação sensorial onde: S ⇒ P e P ⇒ S, qual a proposição que justifica esta assertiva? Se sempre que S
deliberar uma ação no intuito de um retorno com o mesmo objetivo de P será que
esta inferência encontra-se em harmonia com a proposição? S deseja agir de forma causal onde o efeito
de sua deliberação seja sempre seguro; P espera de forma recíproca a mesma
assertiva. Como ter segurança de que S ⇒ P e P ⇒ S que a mesma inferência será justificada
pela recíproca?
Uma proposição Ética não pode ser uma
prerrogativa justificada onde implicações sejam seguras. O interlocutor e sua
deliberação não tem uma epistemologia para estas inferências diante de
preposições, pois a linguagem utilizada tem em seu pressuposto a priori uma
implicação moral. Este arcabouço não faz frente há uma objetividade, mas sim há
uma subjetividade mediante sua representação de mundo e de segurança nas ações
deliberadas como responsável pelo corpo teórico e moral que depende tão somente
dele.
Então, pensar que uma máxima pode e deve
garantir esta segurança epistêmica é de um romantismo pitoresco, assim como,
deliberar com a esperança do mesmo. Quando se envereda neste viés onde: “Eu
delibero, e espero a mesma deliberação perante as ações mutuas”; é caracterizar
e caricaturar a ação como um objeto que pode ser demarcado e estabilizado num
coro autêntico de reciprocidade.
Então S ⇒ P e P ⇒ S, já está implicado
em proposições e inferências, assim como, é assertivamente o principio de
identidade e do terceiro excluído aristotélico; onde A é A e não pode não ser
A; para
qualquer proposição, ou esta proposição é verdadeira, ou sua negação é verdadeira.
Se S delibera uma proposição inferencial ou não inferencial que implique o
desejo em P e sendo que se P tem como recíproca verdadeira a mesma implicação,
está assertiva é falsa e tornaria a mesma em um ad infinitum e ad abusurdum.
“Eu ajo com o outro, da mesma maneira que
desejo que ajam comigo”. Está máxima deve ser tomada como princípio universal como aporte de um norte para se pensar em boas relações, mas não como garantidor de uma relação causal, ou seja, se um sujeito agir Y em
relação a Z irá ter implicação Y recíproco de Z.
A
proposição inferencial não pode garantir nada, pois, o interlocutor é o sujeito
da ação deliberada; e se o mesmo esperar pela reação recíproca como garantia de
sua deliberação o que poderá ocorrer é tão somente uma neurose e um complexo
assertivo. A Ética trata dos valores morais, enquanto a epistemologia estuda a
origem, a estrutura, os métodos e a validade do conhecimento. Logo, podemos
demarcar que no campo da Ética a epistemologia não pode dar conta de assertivas
proposicionais que venha a ser garantidora de uma ação deliberada por
subjetividades.